O Jornal da Comunicação Corporativa, por meio do articulista Daniel Bruin, fez uma seleção de filmes que abordam a comunicação empresarial, as relações com a mídia, a Opinião Pública.
Veja: RP, comunicação e jornalismo no cinema 11/01/2007 - 09:08:53
Fustigada por intrigas e desencontros no mercado brasileiro, a profissão de comunicador empresarial e/ou relações públicas (as intrigas...) já foi abordada pelo cinema em diversas ocasiões. Em algumas delas, inclusive, é possível acompanhar os dilemas da categoria com razoável profundidade.É o caso do recente “Obrigado Por Fumar”, que mostra de forma clara o dilema de se fazer RP para indústrias que sofrem regimes de restrição, como o caso dos fabricantes de cigarro. Há também “O informante”, que mostra com perfeição o “outro lado” da notícia, a busca pela fonte e a confiança (nem sempre respeitada) entre ela e o jornalista que a utiliza. "O Articulador" aborda o tema pelo lado das celebridades e bastidores políticos da profissão e como a mídia participa desta relação, que muita gente na comunicação empresarial brasileira desconhece completamente, ainda que venda gato por lebre.“Obrigado por Fumar” (Thank You for Smoking, EUA, 2005) mostra o trabalho duro do porta voz de uma fábrica de cigarros para defender publicamente o fumo, enfrentando todo o tipo de agressão e cinismo da mídia e da sociedade, ao mesmo tempo em que tenta se manter como um modelo para seu filho pequeno. Adaptação do romance best-seller de Christopher Buckley, foi um dos bons filmes recentes e é obrigatório para quem trabalha na profissão.“O Informante” (The Insider, EUA, 1999) é basicamente um drama sobre um jornalista do 60 Minutes da CBS que precisa garantir á sua fonte, ex-executivo de uma fábrica de cigarros (novamente), a veiculação de sua matéria, lutando contra a pressão da indústria e da própria emissora. Remete ao igualmente clássico “Todos os Homens do Presidente” (All the President's Men, EUA, 1976), mas é mais atual e tenso. Uma aula magistral sobre como funciona o jogo entre fonte e jornalistas, e sobre quais são os dilemas éticos e morais envolvidos no processo. Com um brilhante Al Pacino, concorreu a sete Oscar, mas não ganhou nenhum...O mesmo Al Pacino está em "O Articulador" (People I Know, EUA/Alemanha, 2002), na pele de um frenético RP de celebridades que usa sua influência na mídia para acomodar interesses de políticos, artistas e líderes religiosos. O filme faz um retrato forçado da profissão, mas é interessante por mostrar como são construídas (e destruídas) imagens e reputações. Há de se lembrar igualmente dos filmes dedicados estritamente ao jornalismo, como “O Jornal”, “Nos Bastidores da Notícia” e o maior de todos, “Cidadão Kane”. E deve-se citar forçosamente o sensacional “A Corporação”, um retrato corrosivo das intenções dos grandes conglomerados e suas formas nem sempre éticas de agir. O profissional de comunicação interessado deveria assistir a todos estes filmes para entender melhor a indústria na qual está inserido.
Fustigada por intrigas e desencontros no mercado brasileiro, a profissão de comunicador empresarial e/ou relações públicas (as intrigas...) já foi abordada pelo cinema em diversas ocasiões. Em algumas delas, inclusive, é possível acompanhar os dilemas da categoria com razoável profundidade.É o caso do recente “Obrigado Por Fumar”, que mostra de forma clara o dilema de se fazer RP para indústrias que sofrem regimes de restrição, como o caso dos fabricantes de cigarro. Há também “O informante”, que mostra com perfeição o “outro lado” da notícia, a busca pela fonte e a confiança (nem sempre respeitada) entre ela e o jornalista que a utiliza. "O Articulador" aborda o tema pelo lado das celebridades e bastidores políticos da profissão e como a mídia participa desta relação, que muita gente na comunicação empresarial brasileira desconhece completamente, ainda que venda gato por lebre.“Obrigado por Fumar” (Thank You for Smoking, EUA, 2005) mostra o trabalho duro do porta voz de uma fábrica de cigarros para defender publicamente o fumo, enfrentando todo o tipo de agressão e cinismo da mídia e da sociedade, ao mesmo tempo em que tenta se manter como um modelo para seu filho pequeno. Adaptação do romance best-seller de Christopher Buckley, foi um dos bons filmes recentes e é obrigatório para quem trabalha na profissão.“O Informante” (The Insider, EUA, 1999) é basicamente um drama sobre um jornalista do 60 Minutes da CBS que precisa garantir á sua fonte, ex-executivo de uma fábrica de cigarros (novamente), a veiculação de sua matéria, lutando contra a pressão da indústria e da própria emissora. Remete ao igualmente clássico “Todos os Homens do Presidente” (All the President's Men, EUA, 1976), mas é mais atual e tenso. Uma aula magistral sobre como funciona o jogo entre fonte e jornalistas, e sobre quais são os dilemas éticos e morais envolvidos no processo. Com um brilhante Al Pacino, concorreu a sete Oscar, mas não ganhou nenhum...O mesmo Al Pacino está em "O Articulador" (People I Know, EUA/Alemanha, 2002), na pele de um frenético RP de celebridades que usa sua influência na mídia para acomodar interesses de políticos, artistas e líderes religiosos. O filme faz um retrato forçado da profissão, mas é interessante por mostrar como são construídas (e destruídas) imagens e reputações. Há de se lembrar igualmente dos filmes dedicados estritamente ao jornalismo, como “O Jornal”, “Nos Bastidores da Notícia” e o maior de todos, “Cidadão Kane”. E deve-se citar forçosamente o sensacional “A Corporação”, um retrato corrosivo das intenções dos grandes conglomerados e suas formas nem sempre éticas de agir. O profissional de comunicação interessado deveria assistir a todos estes filmes para entender melhor a indústria na qual está inserido.
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