31 julho 2005

Várias vozes: nenhuma união

Associações de comunicação e entidades de classe da área são muitas, porém, o que de fato sabemos delas? Pouco ou quase nada. ABERP, ABRP, CONFERP, CONRERP, ABERJE, ABRACOM, SINPRORP...muitas siglas, muitas bandeiras, muitas vozes, nenhuma união, nada em prol do profissional, tampouco da atividade. Em casa de ferreiro, o espeto tem que ser de pau? Não! Deveríamos iniciar um movimento para unirmos nossas associações/entidades de classe e sermos de fato uma categoria forte, coesa e representativa.

30 julho 2005

Regulamentação: velho debate, dúvida atual

O que são profissões regulamentadas? São aquelas que exigem registro no conselho regional para atuação em sua plenitude. Ex: um médico não atua se não tiver CRM, que é o registro no Conselho Regional de Medicina; um engenheiro não exerce a profissão se não estiver registrado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - o CREA; um advogado não pode advogar se não tiver o registro na OAB e mais, se não tiver passado na prova da ordem. Por que nós não valorizamos isso e não nos tornamos uma categoria forte e atuante? Vale a pena sermos regulamentados ou vale rediscutirmos a questão? A regulamentação serve para proteger a atividade e o profissional e não para engessar. Seria utopia pensarmos em uma regulamentação única para todas as habilitações da comunicação social? Creio que na toada que anda o mercado, deveríamos pensar nessa unicidade. Quem contrata profissional de comunicação, não está preocupado se ele é formado em publicidade, RP, marketing, jornalismo. Quem contrata, está mais preocupado com competência!

29 julho 2005

Por que se contratam jornalistas em assessorias de comunicação e não RPs?

Notamos em assessorias de comunicação que ao optarem por contratação de profissionais, os preferidos são os jornalistas. Por quê? Não somos bons redatores? Não conhecemos a realidade das redações? Não nos relacionamos bem com a imprensa? Temos que pesquisar um pouco mais a fundo e isso poderia gerar até uma pesquisa científica para sabermos onde estamos "pecando". O fato é que as assessorias são um mercado promissor para o profissional de RP. Vamos pensar mais nisso?

28 julho 2005

CONRERP: órgão regulador ou prestador de serviços?

Ontem, participei de um debate na sede do CONRERP, em São Paulo e dentre um dos tópicos que discutimos surgiu o tópico "O papel do Conselho de RP". Na ocasião, nós, os profissionais de relações públicas discutimos que o CONFERP/CONRERP deveria ser muito mais que apenas um regulador da atividade: deveria ser um prestador de serviço, oferecendo cursos e palestras, sendo mais próximo das universidades e dos alunos de graduação, participando não só da fase da formatura, como também da vida acadêmica. Além disso, o Conselho deve funcionar como um termômetro do mercado, lendo tendências, produzindo um veículo para os associados, comentando pesquisas acadêmico-científicas e cases de sucesso, dentre muitas outras ações. Vamos torcer para que a nova gestão, que já se mostrou atenta aos associados, produza mais e em prol do afiliado!

27 julho 2005

Vamos ao Intercom 2005!

É com satisfação e felicidade que informo que meu trabalho "A responsabilidade social empresarial como uma das atribuições das relações públicas" foi classificado entre os finalistas do Prêmio Intercom 2005, que acontece de 05 a 09 de setembro próximos, no Rio de Janeiro. Agora, é torcer para ganhar!

25 julho 2005

A palavra é: mobilidade

Não só estamos cada vez mais ligados em rede, como estaremos cada vez mais interligados sem fio, wireless, por meio de PDAs, Notebooks, Celulares. A convergência entre os aparatos já é realidade e a comunicação deve acompanhar essa tendência de MOBILIDADE. Sites feitos exclusivamente para acesso pelo celular, com extensão .mobi vão ser mais comuns daqui pra frente. Os comunicadores que se cuidem e se antenem nessas tendências e mais: se antecipem ao futuro e à comunicação.

22 julho 2005

Linguagem digital

Estamos preparados para redigir textos para todos os meios de comunicação? Internet, veículos impressos e agora até para celulares. Temos que falar tudo o que precisamos em duas, três linhas, no máximo. Concisão e flexibilidade são características inerentes ao comunicador que deverá saber escrever tanto para um jornal impresso quanto para a rede ou para os suportes sem fio (wireless). A linguagem digital tende a transformar a comunicação impressa e dar-lhe atributos que só temos atualmente na web.

19 julho 2005

Exclusão digital: desafio para os comunicadores

Muito embora traiga infinitas possibilidades de democratização e acesso à informação, as tecnologias da informação e da comunicação ainda separam usuários e excluídos do mundo digital. Trata-se do chamado fosso digital. No Brasil, apenas 17,5% da população tem acesso a Internet e a computadores e cerca de 2,5 milhões de pessoas desse total têm acesso à Internet de alta velocidade. O cenário ilustra o reduzido contingente populacional com acesso a tecnologia.
A cidadania parece estar ligada a essa nova realidade e os alijados desse novo processo precisam de acesso aos meios de comunicação modernos (telefonia e redes de informação) e, sobretudo, acesso à educação. Possíveis soluções para acesso comunitário incluem cibercafés, quiosques, bibliotecas públicas e telecentros subsidiados ou cobrados por utilização. Não basta prover os benefícios da revolução digital aos setores mais favorecidos socialmente; o cerne do problema deve ser resolvido e tais benefícios devem ser estendidos a toda a sociedade como forma de prática de cidadania, ainda que virtual.

Fórum de RP

Interessante por permitir um espaço de livre debate sobre a profissão, recomendo o site www.rpforum.com.br
A moderadora é a estudante de RP Maria Laura Mello. Acesse! Participe!

18 julho 2005

Dinamismo sim; falta de planejamento, não

Todos que trabalham na área de comunicação e marketing sabem o quão dinâmico e flexível deve ser o dia-a-dia. No entanto, isso muitas vezes se confunde com ausência de planejamento! Uma coisa é termos flexibilidade para agirmos e efetivarmos as ações programadas e a outra é agirmos para resolver pequenos problemas diariamente. Isso só espelha a realidade de falta de planejamento que temos em geral, no Brasil. Melhor que remediar, minha gente, é prevenir, como já dizia o velho sábio...

14 julho 2005

Você está preparado para o "mobile marketing"?

O marketing não precisa mais se contentar com as mídias tradicionais e grades/planos de mídia pré-fixados em termos de horários. Com o marketing móvel, as fronteiras de comunicação quase desaparecem, a possibilidade de personalização é imensa, pois estamos falando de marketing no celular. Mobigames, moblogs, mobitv, mobimail, mobimovies, mobimusic...tudo na tela do seu celular! Os anunciantes terão que se esforçar para se adaptarem a pouco conteúdo, porém chamativo! No início, as operadoras de telefonia apenas usavam para enviar alertas e, ainda assim, com uma caráter incrível de spam! O usuário é que vai determinar o quê, quando e como quer receber essas mensagens. De alguma forma, ele vai se cadastrar em algum momento e autorizar o envio de tais conteúdos. Anunciantes e agências: preparem-se. Vem aí o Mobile Marketing* e o Mobile User!
*O texto foi baseado no artigo de Gil Giardelli, diretor geral da Permission e colunista do site IDGNow!, de 13/07/2005.

11 julho 2005

Blog: comunicação interpessoal

Isso mesmo! Os blogs são genuínas ferramentas de comunicação interpessoal online. Segundo dados do NetRatings/IBOPE (Meio & Mensagem de 11/07/05), já somos mais de 62 milhões de blogs espalhados pelo mundo. As temáticas são as mais variadas. Uma forma de expressão e de relacionamento é como eu definiria os famosos diários virtuais online que começam a despertar o interesse das corporações. Além de serem instrumentos de comunicação entre pessoas ou entre grupos, o blog agora chama a atenção por seu conteúdo e por sua capacidade de formar opiniões ou, pelo menos, interferir naquele nicho de indivíduos que o visita. Melhor repensarmos essa importante ferramenta, não, comunicadores?

De quem é a mídia?

De todos os profissionais de comunicação, sem distinção de habilitação, cor, raça, credo ou ambiente de trabalho. Citando Fábio França(2004:198) em seu artigo (com esse mesmo nome do título desse comentário), no livro Jornalismo e Relações Públicas: ação e reação, a mídia é o espaço de intersecção dos profissionais de comunicação, conforme:
“Diante do mundo globalizado e dos avanços da tecnologia na área de
comunicação que foi enriquecida por inúmeros recursos multimídia, a tendência é
a unificação desses recursos para que possam ser empregados como ferramentas
eficazes da comunicação organizacional. O campo da mídia tornou-se comum, não é mais privilégio de habilitações”.

Conteúdo da web: complementar ou repetidor das demais mídias?

Para que elevemos a web à condição de mídia, devemos reproduzir os conteúdos já veiculados em outras mídias ou devemos reforçá-lo, aprofundá-lo? Creio que a segunda opção. Se utilizarmos o mesmo conteúdo em todas as nossas mídias, não iremos aproveitar as características peculiares de cada uma delas e, com isso, não potencializaremos os efeitos de nossas mensagens. Devemos, de certa forma, fracionar nosso conteúdo em vários meios e trabalhá-lo em cada uma dessas mídias com o que elas têm de melhor.

08 julho 2005

RP e competitividade

De Ivy Lee à era digital, evoluímos a passos largos. Consolidamos nossa importância no âmbito organizacional, elevamos a responsabilidade social a condição sine qua non para sobrevivência corporativa, e, agora, estamos na vanguarda das novas tecnologias como mídia noticiosa, de relacionamento e até de entretenimento. Porém, muitos dos campos de atuação do profissional de RP estão ameaçados por invasão ou mérito de outras habilitações ou outras profissões. Comunicação interna, relacionamento com a mídia, comunicação externa institucional, relacionamento com governo, acionistas, comunidade, etc são exemplos de áreas em que temos travado lutas. As RP têm, em minha opinião, sua maior oportunidade de se legitimar por conta do advento das novas tecnologias da informação e da comunição. Esses novos meios demandam gerenciamento e os profissionais de RP podem se apropriar disso.

Democratizando a comunicação

Democratizar a comunicação não é tarefa fácil, porém, com as novas mídias um novo mundo se abre. Graças às tecnologias como a Internet, a comunicação sem fio por celulares, laptops, ipods e afins, a informação passa a ser um bem público global e com possibilidade de renovação/atualização constantes. No entanto, nem tudo são flores: ainda precisamos oferecer e garantir a todos o acesso a esse bem global. Só assim, a comunicação começará a ser democrática.

05 julho 2005

Gladiadores

Enquanto continuarmos nos degladiando na "arena" da comunicação social, não conseguiremos legitimar a atividade no âmbito organizacional. Somente quando primarmos pela diversidade das habilitações de comunicação é que, finalmente, seremos vistos como plurais e abrangentes. É na diversidade, na cooperação e no respeito mútuo que crescemos. Além disso, as organizações não estão interessadas se somos relações públicas, publicitários ou jornalistas. Elas querem competências, pessoas que saibam planejar, executar e avaliar demandas comunicacionais. A era da competência se sobrepõe à da especialização ou da habilitação.

04 julho 2005

De quem é a comunicação interna?

Pergunta de difícil resposta, mas que intriga aos profissionais da área. Em algumas empresas, a comunicação interna fica dentro da área de Recursos Humanos; em outras, dentro da Comunicação Corporativa. Há, ainda, aquelas que estão subordinadas ao Marketing. O grande problema de onde se localiza ou pertence a comunicação interna é o caráter estratégico que carrega ou deixa de carregar. Na minha concepção, a comunicação interna deve ser tratada como uma área fundamental para a organização, pois é a partir dela que colaboradores se informarão e se motivarão. A quem pertence, não é o caso, mas, sim, qual é o caráter que a ela é atribuído. Quem herdar esse rebento, que cuide bem para que seja um filho pródigo.

01 julho 2005

Cidadania empresarial

Um questionamento comum na comunidade acadêmica reside sobre a existência e a validade das ações sociais, ambientais, educacionais, esportivas das empresas, corporações e instituições com fins lucrativos. Há quem defenda que as empresas só realizam esse tipo de benesse para ganhar em termos de imagem e aumentar vendas. Há a linhagem que acredita que se trata de mais um componente no mix comunicacional. Creio que as empresas o fazem para se diferenciar mercadologicamente, porém, há, claramente, um ganho social por trás disso. Lacunas que o governo não consegue preencher são supridas pelas empresas e acabam por beneficiar a sociedade. O cuidado que se deve ter é se esses projetos que caracterizam a empresa como cidadã oferecem à comunidade a possibilidade desenvolvimento sustentável.