Mensagem do Presidente João Alberto Ianhez - reproduzido a partir do site RP-Bahia
2 DE DEZEMBRO DIA NACIONAL DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Inclusão social, globalização, poder, sociedade mais justa, desenvolvimento, participação social, bem público, cidadania, transparência, governança, combate a corrupção, portas abertas, dialogo, valorização humana, ética, valores, harmonização, integração, reputação, conceito, imagem, comunicação, relacionamentos etc.
Estas são palavras e atitudes que passam pelas ações das Relações Públicas e que têm por objetivo a transformação dos relacionamentos entre as pessoas e das organizações nas quais estão presentes.
As ações e sentimentos inseridos nessas palavras são desafiadores e abordam assuntos de grande complexidade, em um mundo no qual ainda é patente a exclusão de milhões de seres humanos das mais básicas necessidades de vida e da inclusão social; os conflitos de todos os tipos entre as pessoas; a falta de responsabilidade de dirigentes e dirigidos, que atuam voltados para defesa de interesses pessoais, desprezando o coletivo.
As Relações Públicas surgem nesse contexto desafiador como as vozes do mundo. Vozes que teimam em nos dizer que não podemos criar cadeias de relacionamentos sob o manto da corrupção, da infâmia e do medo de mudanças.
Vozes que nos anunciam: A visão maniqueísta da eterna luta do bem contra o mal, não pode obstruir a vocação do homem para o diálogo.
O avanço tecnológico e a geração de riquezas não podem justificar a criação do ódio entre as nações e, dentro de cada nação, sua acelerada exacerbação entre as pessoas.
Afinal de contas, quem busca uma cadeia de relacionamentos, onde a justiça e a paz sejam duradouras, não pode desconhecer que a ausência de condições para o acesso à tecnologia e para a distribuição das riquezas banaliza a vida e implanta no coração do homem o preconceito e a intolerância.
As Relações Públicas sabem que o homem preconceituoso e intolerante carrega na alma um Deus Vingativo que impede o diálogo e cria a ilusão da verdade personificada no ódio que explode no fanatismo.
É contra um estado de vida beligerante, onde o homem, "lobo do homem", que as Relações Públicas querem fazer ouvir as vozes dos seus profissionais.
Vozes que bradam contra líderes que professam uma justiça repleta de interesses pessoais e desprovida de sabedoria.
Vozes que clamam por líderes que estejam dispostos a mudar o relacionamento que países, nações, povos e organizações mantêm com seus públicos.
Vozes que não se envergonham de buscar a construção da utopia, onde relacionamentos construtivos sejam calcados na fraternidade.
Vozes que, acima de tudo, querem os princípios democráticos fundamentados na valorização da liberdade individual.
As Relações Públicas entendem que democracia pressupõe justiça atuante e respeito à liberdade individual.
Sabem, também, as Relações Públicas, que mesmo à custa de um grande paradoxo, a liberdade individual só é conquistada quando há profundo respeito à liberdade do próximo.
Por isso suas vozes bradam que não existe liberdade quando, passivamente, o homem aceita a prática da injustiça.
No momento em que o homem aceita a injustiça contra o seu próximo está muito perto da implantação da injustiça contra ele mesmo.
E não importa onde o nosso próximo se encontre.
Importa-nos é combater as injustiças que impedem a inserção nas maravilhas do mundo moderno de considerável contingente de homens e mulheres das camadas deserdadas e miseráveis da humanidade.
O quadro, aqui rapidamente desenhado, fala de situações as quais o Profissional de Relações Públicas não pode aceitar e deve buscar alterar pelo exercício de sua atividade profissional.
O Profissional de Relações Públicas sabe que o respeito à lei e à ordem do espírito democrático é a fonte na qual ele bebe o elixir que garante a eficácia de sua ação.
Democracia pressupõe liberdade de expressão, livre circulação de informações, liberdade de ir e vir, nenhum preconceito de cor, raça, idioma ou credo político e religioso. Sem esses predicados os alicerces das Relações Públicas se desfazem.
A construção de relacionamentos fraternos só frutifica num mundo de respeito às instituições, de respeito ao ser humano. Democracia só existe com justiça, acompanhada da liberdade individual, na qual o parâmetro de orientação mínima é a lei.
A preservação da individualidade é a principal característica de um povo livre. E da liberdade não se abre mão, não se faz a entrega, não se doa. Ela é a conquista mais valiosa da sociedade humana e a mais difícil de preservar.
Difícil porque democracia e liberdade individual pressupõem respeito não apenas aos nossos valores, mas aos valores dos demais. E são os valores que comandam os relacionamentos.
Para as Relações Públicas tais valores só têm sentido quando permitem que neles se enxergue a coerência entre o discurso de quem dirige e a prática da ação por ele realizada.
Quando o Presidente de uma instituição pública ou privada, quando o Presidente de um pequeno país ou de um país continental, quando o Presidente de uma nação paupérrima ou de uma opulenta civilização, quando um Presidente - seja lá do que for - não é capaz de fazer com que seus públicos visualizem a prática de seus discursos ou de seus programas de governo, os Profissionais de Relações Públicas devem denunciar o abuso que é cometido contra a criação de relacionamentos construtivos.
Por isso as Relações Públicas condenam a invasão de países, a ação de terroristas, a prática contumaz de quebra do decoro no trato com a coisa pública, a imposição de contratos e a quebra unilateral de outros, as invasões de propriedades privadas e públicas, o quebra-quebra de sede de Congresso Nacional, o rompimento com os valores éticos no relacionamento entre poderes constituídos, a prática da aplicação de recursos protelatórios que embaraçam a ação do poder judiciário, a ação deletéria e corruptora do Poder Executivo sobre os demais poderes, o abusivo uso da mídia na exposição da vida das pessoas, principalmente na apresentação de denúncias sem provas, à lenta ação judicante, a oportunista e demagógica ação de membros do ministério público.
Os Profissionais de Relações Públicas não são os únicos, mas eles fazem parte do grupo de profissionais que defendem a crença de que ao homem foram dados um coração e o livre arbítrio. O primeiro para que ele acolha fraternalmente seus semelhantes e o segundo para que ele atinja o infinito.
A crença de que na formulação de relacionamentos calcados na justiça e na paz encontra-se a base para a construção da utopia.
A crença de que somente na fraternidade dos relacionamentos é que conseguiremos quebrar as barreiras que impedem o acesso de milhões de pessoas em todo o mundo as condições dignas de vida.
A crença de que as organizações podem ser administradas de forma transparente, defendendo sua dignidade e sua reputação como produtoras do desenvolvimento e, ao mesmo tempo, participantes ativas de ações que demonstrem seu respeito ao público e a consciência de sua responsabilidade social.
Que Deus ilumine e abençoe todos os Profissionais de Relações Públicas do Brasil, no Dia Nacional das Relações Públicas, para que sejam as vozes da coerência, da harmonia, da paz e do amor fraterno e que as suas vozes sejam ouvidas no mundo todo.
(Adaptação do discurso do Presidente do CONFERP, João Alberto Ianhez, na abertura do 3rd WPRF, realizado em junho de 2006, em Brasília, DF).
2 DE DEZEMBRO DIA NACIONAL DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Inclusão social, globalização, poder, sociedade mais justa, desenvolvimento, participação social, bem público, cidadania, transparência, governança, combate a corrupção, portas abertas, dialogo, valorização humana, ética, valores, harmonização, integração, reputação, conceito, imagem, comunicação, relacionamentos etc.
Estas são palavras e atitudes que passam pelas ações das Relações Públicas e que têm por objetivo a transformação dos relacionamentos entre as pessoas e das organizações nas quais estão presentes.
As ações e sentimentos inseridos nessas palavras são desafiadores e abordam assuntos de grande complexidade, em um mundo no qual ainda é patente a exclusão de milhões de seres humanos das mais básicas necessidades de vida e da inclusão social; os conflitos de todos os tipos entre as pessoas; a falta de responsabilidade de dirigentes e dirigidos, que atuam voltados para defesa de interesses pessoais, desprezando o coletivo.
As Relações Públicas surgem nesse contexto desafiador como as vozes do mundo. Vozes que teimam em nos dizer que não podemos criar cadeias de relacionamentos sob o manto da corrupção, da infâmia e do medo de mudanças.
Vozes que nos anunciam: A visão maniqueísta da eterna luta do bem contra o mal, não pode obstruir a vocação do homem para o diálogo.
O avanço tecnológico e a geração de riquezas não podem justificar a criação do ódio entre as nações e, dentro de cada nação, sua acelerada exacerbação entre as pessoas.
Afinal de contas, quem busca uma cadeia de relacionamentos, onde a justiça e a paz sejam duradouras, não pode desconhecer que a ausência de condições para o acesso à tecnologia e para a distribuição das riquezas banaliza a vida e implanta no coração do homem o preconceito e a intolerância.
As Relações Públicas sabem que o homem preconceituoso e intolerante carrega na alma um Deus Vingativo que impede o diálogo e cria a ilusão da verdade personificada no ódio que explode no fanatismo.
É contra um estado de vida beligerante, onde o homem, "lobo do homem", que as Relações Públicas querem fazer ouvir as vozes dos seus profissionais.
Vozes que bradam contra líderes que professam uma justiça repleta de interesses pessoais e desprovida de sabedoria.
Vozes que clamam por líderes que estejam dispostos a mudar o relacionamento que países, nações, povos e organizações mantêm com seus públicos.
Vozes que não se envergonham de buscar a construção da utopia, onde relacionamentos construtivos sejam calcados na fraternidade.
Vozes que, acima de tudo, querem os princípios democráticos fundamentados na valorização da liberdade individual.
As Relações Públicas entendem que democracia pressupõe justiça atuante e respeito à liberdade individual.
Sabem, também, as Relações Públicas, que mesmo à custa de um grande paradoxo, a liberdade individual só é conquistada quando há profundo respeito à liberdade do próximo.
Por isso suas vozes bradam que não existe liberdade quando, passivamente, o homem aceita a prática da injustiça.
No momento em que o homem aceita a injustiça contra o seu próximo está muito perto da implantação da injustiça contra ele mesmo.
E não importa onde o nosso próximo se encontre.
Importa-nos é combater as injustiças que impedem a inserção nas maravilhas do mundo moderno de considerável contingente de homens e mulheres das camadas deserdadas e miseráveis da humanidade.
O quadro, aqui rapidamente desenhado, fala de situações as quais o Profissional de Relações Públicas não pode aceitar e deve buscar alterar pelo exercício de sua atividade profissional.
O Profissional de Relações Públicas sabe que o respeito à lei e à ordem do espírito democrático é a fonte na qual ele bebe o elixir que garante a eficácia de sua ação.
Democracia pressupõe liberdade de expressão, livre circulação de informações, liberdade de ir e vir, nenhum preconceito de cor, raça, idioma ou credo político e religioso. Sem esses predicados os alicerces das Relações Públicas se desfazem.
A construção de relacionamentos fraternos só frutifica num mundo de respeito às instituições, de respeito ao ser humano. Democracia só existe com justiça, acompanhada da liberdade individual, na qual o parâmetro de orientação mínima é a lei.
A preservação da individualidade é a principal característica de um povo livre. E da liberdade não se abre mão, não se faz a entrega, não se doa. Ela é a conquista mais valiosa da sociedade humana e a mais difícil de preservar.
Difícil porque democracia e liberdade individual pressupõem respeito não apenas aos nossos valores, mas aos valores dos demais. E são os valores que comandam os relacionamentos.
Para as Relações Públicas tais valores só têm sentido quando permitem que neles se enxergue a coerência entre o discurso de quem dirige e a prática da ação por ele realizada.
Quando o Presidente de uma instituição pública ou privada, quando o Presidente de um pequeno país ou de um país continental, quando o Presidente de uma nação paupérrima ou de uma opulenta civilização, quando um Presidente - seja lá do que for - não é capaz de fazer com que seus públicos visualizem a prática de seus discursos ou de seus programas de governo, os Profissionais de Relações Públicas devem denunciar o abuso que é cometido contra a criação de relacionamentos construtivos.
Por isso as Relações Públicas condenam a invasão de países, a ação de terroristas, a prática contumaz de quebra do decoro no trato com a coisa pública, a imposição de contratos e a quebra unilateral de outros, as invasões de propriedades privadas e públicas, o quebra-quebra de sede de Congresso Nacional, o rompimento com os valores éticos no relacionamento entre poderes constituídos, a prática da aplicação de recursos protelatórios que embaraçam a ação do poder judiciário, a ação deletéria e corruptora do Poder Executivo sobre os demais poderes, o abusivo uso da mídia na exposição da vida das pessoas, principalmente na apresentação de denúncias sem provas, à lenta ação judicante, a oportunista e demagógica ação de membros do ministério público.
Os Profissionais de Relações Públicas não são os únicos, mas eles fazem parte do grupo de profissionais que defendem a crença de que ao homem foram dados um coração e o livre arbítrio. O primeiro para que ele acolha fraternalmente seus semelhantes e o segundo para que ele atinja o infinito.
A crença de que na formulação de relacionamentos calcados na justiça e na paz encontra-se a base para a construção da utopia.
A crença de que somente na fraternidade dos relacionamentos é que conseguiremos quebrar as barreiras que impedem o acesso de milhões de pessoas em todo o mundo as condições dignas de vida.
A crença de que as organizações podem ser administradas de forma transparente, defendendo sua dignidade e sua reputação como produtoras do desenvolvimento e, ao mesmo tempo, participantes ativas de ações que demonstrem seu respeito ao público e a consciência de sua responsabilidade social.
Que Deus ilumine e abençoe todos os Profissionais de Relações Públicas do Brasil, no Dia Nacional das Relações Públicas, para que sejam as vozes da coerência, da harmonia, da paz e do amor fraterno e que as suas vozes sejam ouvidas no mundo todo.
(Adaptação do discurso do Presidente do CONFERP, João Alberto Ianhez, na abertura do 3rd WPRF, realizado em junho de 2006, em Brasília, DF).
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