Mídia é a instituição com maior credibilidade entre os brasileiros, de acordo com o Estudo de Confiança da Edelman
Estudo que será apresentado no Fórum Econômico Mundial em Davos revela um brasileiro cada vez mais crítico.
Os líderes de opinião brasileiros confiam mais na mídia (64%) do que nas empresas (61%), ONGs (51%), instituições religiosas (48%) ou até mesmo seu próprio Governo (22%), de acordo com o nono Estudo Anual de Confiança da Edelman (Edelman Annual Trust Barometer). O Brasil é o terceiro país com o maior índice de credibilidade na imprensa, atrás apenas do México (66%) e da Índia (65%). A pesquisa entrevistou 3.100 líderes de opinião em 18 países (Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Países Baixos, Suécia, Polônia, Rússia, Irlanda, México, Canadá, Japão, Coréia do Sul, Índia e Brasil).
Quando o assunto são as indústrias, o Brasil é o país que, junto com a Índia, mais aposta no setor de tecnologia (91%), seguido pelo setor automotivo (84%) e de entretenimento (80%). O setor bancário (52%) possui o índice de menor credibilidade para os brasileiros.
A seguir estão alguns resultados da pesquisa:
O que mais influencia a credibilidade de uma empresa para os brasileiros continua sendo: qualidade dos produtos e serviços (97%) e reputação da companhia (97%). E as empresas que querem construir sua reputação devem levar em consideração: respeito ao meio ambiente (73%), geração de empregos (65%) e respeito à cultura local (63%). Diferentemente dos outros países, o Brasil e a Holanda são os únicos que colocaram respeito ao meio ambiente em primeiro lugar dentre as opções.
Quando os brasileiros acreditam em uma empresa eles: compram seus produtos e serviços (93%), recomendam para outras pessoas (92%) e apóiam as ações da empresa (87%). Mas quando não acreditam: não investem na empresa (88%), não compram os produtos e serviços (85%) e falam mal para outras pessoas (80%).
Com relação à credibilidade em seu Governo, o brasileiro apresenta uma média mais baixa (22%), na frente apenas da Polônia (11%).
Os chineses (61%) e mexicanos (64%) apostam alto nas companhias brasileiras, mas as empresas nacionais obtiveram baixos índices de confiança entre a maioria das 18 populações pesquisadas.
Já os brasileiros (73%) confiam bastante em suas empresas e na maioria das outras origens pesquisadas, mas acreditam mais nas japonesas (88%) do que em qualquer outra, até mesmo do que nas do Brasil.
Artigos em revistas de negócios (81%), jornais (79%) e noticiários na televisão (77%) ainda são as fontes de informação mais utilizadas para saber notícias das empresas. E como primeira fonte de informação os brasileiros ainda recorrem aos jornais impressos (87%) e à televisão (82%), e em seguida às informações on-line (52%). Mas a maioria dos brasileiros (41%) lê tanto a versão impressa quanto a versão on-line dos jornais, diferente da maior parte dos outros países que prefere ler apenas a versão impressa.
Quando entram na internet, as pessoas procuram notícias primeiro e fazem pesquisas em segundo lugar. No Brasil, 93% buscam notícias, 85% fazem pesquisa e e-commerce empatou com mensagens instantâneas (79%).
O índice de credibilidade dos blogs já cresceu bastante em alguns países. A Rússia (34%) mostra o maior índice de credibilidade, seguida pela China (33%), Índia (29%) e Brasil (21%). Quando entram na internet, 46% dos brasileiros já lêem blogs.
A credibilidade dos brasileiros em "pessoas como eu ou você" (85%) é a mais alta entre os países pesquisados. Eles costumam dividir suas opiniões com: pessoas do trabalho (79%), família (78%) e amigos (71%).
Sobre o Estudo Anual de Confiança da Edelman
O Estudo Anual de Confiança da Edelman (Edelman Annual Trust Barometer) entrevistou líderes de opinião em todo o mundo sobre quais instituições, empresas e fontes de informação eles confiam. Foram realizadas entrevistas telefônicas com duração de 25 minutos com 3.100 pessoas: 400 nos Estados Unidos; 1.500 na Europa (Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Espanha, Países Baixos, Suécia, Polônia, Irlanda, Rússia); 300 na China, 150 no Canadá, Japão, Índia, México, Brasil e Coréia do Sul. Todas as entrevistas foram conduzidas em outubro de 2007 pela StrategyOne. Os entrevistados têm entre 35 e 64 anos, possuem formação superior, fazem parte dos 25% da população de seus países com maior renda familiar e apresentam interesse significativo em assuntos relacionados à mídia, economia e política.
Fonte: Edelman
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