Rodrigo
Quando escolhi optar por Relações Públicas o fiz após ouvir uma palestra do Prof.Dr. Candido Teobaldo que, em pleno regime autoritário falava sobre Democracia, sobre a necessidade de ouvir o público, sobre pesquisa, planejamento , enfim você sabe. Me encantei e decidi. Vou ser uma RP.
Os anos se passaram e acumulei experiências.Lembro-me das primeiras aulas que tive sobre legislação.Lembro-me que fui fiscal, briguei, fui até a Justiça.Considerava a punição uma obrigação. Divulguei RP com a Campanha do Verde(tínhamos o Verdinando o homem das cavernas que já sabia que era RP), trabalhei com todos os grandes nomes da área.Recebi premiações honrosas . Materializei o Parlamento Nacional, convivi com integrantes da Chapa a que me oponho porque fiz uma análise de cenário.Aprendi a ter visão ampla com Teobaldo, Vera Giangrande e dentro da USP. Tive oportunidades no mundo das RPs.
Em momento algum deixo de considerar o trabalho exaustivo do atual Assessor Jurídico do Conselho e do nosso grandioso, lúcido e brilhante Secretário Geral- ambos mineiros e responsáveis pela nossa perfeita organização. Veja o detalhe: nosso ainda Presidente João Alberto - que muito admiro pela coragem-propugna pela Desregulamentação. Coisa que a nossa categoria não deseja.É o que aponta o Parlamento Nacional e a Carta de Atibaia.
Como democrata que sou, creio que devo RESPEITAR a categoria. Assim analisei bem e disse que só concorreria se aceitasse a composição de uma Chapa com entidades de classe. Procurei por todas , com exceção dos publicitários - profissionais não regulamentados por força de lei.
As razões que determinaram esta estratégia são decorrentes do fato de que um RP deve ser estrategista.
Analisei o cenário pautado por punições , inclusive dentro da própria categoria. Veja: professores sendo punidos por escrito pelos seus regionais.( Fábio França, Ivone de Oliveira, Margarida Kunsch).Esta comprovação é possível, desde que os envolvidos queiram apontar documentos. Tenho ética, entretanto, alguns já sabem das punições.
Recentemente, observei que ao invés de negociações com os corporativos da FENAJ, brigas que não atendiam interesses maiores dos próprios jornalistas e dos donos do capital neste ramo de negócio quase definiram a predominância dos Jornalistas no cenário nacional.
O Sistema CONFERP agiu bem, argumentou com talento, mas em momento crucial dependeu de outros apoios.Conclusão: não podemos falar só entre pares. Foi minha constatação.Não pode ser uma briga de RPs com Jornalistas.O mundo da Comunicação deve ser preservado e colocado no cenário nacional e no caso de RP, internacional pra nosso próprio bem.
. Na oportunidade o Sistema CONFERP teve apoio da ABERJE, que se manifestou perante o corporativismo exacerbado dos jornalistas.Paulo Nassar, que fez mestrado e doutorado em RP, jornalista, se manifestou por meio da ABERJE a nosso favor.Somo e não divido com ele.Esperei ver e não acreditei em conversa mole.
Ao entrar em contato com as entidades percebi claramente que a imagem do Sistema CONFERP também não era das melhores.Também identificados como um grupo repressor.A ABRACOM - que integra 240 agências de Comunicação aderiu após um questionamento que me fizeram e querem analisar, saber se podem opinar nas mudanças em curso.Percebi que o Sistema CONFERP é um sistema que tem "inputs", mas faltam os "outputs". ´É um Sistema fechado.Os "outputs" (saídas) só têm sido a punição.
Depois de trabalhar no MEC e no CONFERP. Depois de perambular por gabinetes falando com pessoas que diziam" interessante este seu assunto, professora", depois de ver que nem com Deputada formada em RP adiantou, percebi que só falávamos entre nós.Pertencia a um Sistema organizadíssimo, mas sem qualquer força política. No MEC percebi também que a Comunicação ainda estava em um estágio de busca de prova de sua auto organização.Veja as diretrizes curriculares tiveram de dizer a que vinha cada uma das habilitações.Até no MEC a Comunicação ainda estava ordenada, em que pese que o Parecer anterior (02/84) tivesse sido elaborado de forma extremamente democrática. Organizou primorosamnte naquele momento as nossas diretrizes.Era um outro momento da Comunicação e o Prof. Marques( INTERCOM) foi brilhante.Fantástico. Vera Giangrande representou os RPs à época.O problema de indefinições estava entre todas as habilitações e creio que a formação na habilitação na graduação não tem ressonância no mercado de trabalho.E de empregto precisamos todos.
Verifique que toda a definição do Projeto de Lei Complementar que está em tramitação( nova redação para a nossa legislação), via Sistema CONFERP, contém muito do que dizem as Diretrizes do MEC para nossa área.
Não acredito mesmo que buscar um nome em cada região vai modificar o cenário.Durante duas gestões trabalhei assim e cheguei a pedir nomes para publicar uma lista negra dos grandes ausentes( após ouvir as lamúrias dos Presidentes dos Regionais), mas ninguém quis reclamar formalmente de pares que só tomam posse e nada fazem.Posam de Conselheiros.Mandam fazer cartão ,mas isto é bobagem,. pois continuamos a falar só entre nós..
A Chapa 2 é uma Chapa das entidades de classe, com exceção do SINPRORP. Vou mais longe, faltam os publicitários que deverão somar-se ao campo da Comunicação em outro momento e de outra forma, pois não dependem de lei nem de Conselho.Veja: um brilhante publicitário é o responsável pelas Relações com Empregados( Comunicação Interna) da premiadíssima Cia. Vale do Rio Doce.Gostaria de tê-lo conosco
O objetivo é formar, nos próximos anos, o Conselho Único de Comunicação, pois creio que pagar "lobbista", ficar esperando cerca de 6(seis) anos , pedir a atenção de políticos, enfim reverenciá-los, é uma postura do passado.
Político só se mexe perante causas maiores , com visibilidade nacional e creio é que deveriam respeitar os Comunicadores e não os respeitam.Observe que Coordenador de Comunicação de partido passa ao largo de nossa discussão.Temos RPs estudando MKT Político e desempregados.
Por outro lado, empresas para fugir de punições já usaram e abusarm da língua portuguesa executando, muitas vezes de forma primorosa, outras não, os princípios, paradigmas e técnicas de RP.Prevejo que Comunicação (qualquer anexo: Corporativa,Interna, Institucional) Digital já pegou.
É preciso colocar "na boca de pessoas de outras áreas" as Relações Públicas e não vi outra forma a não ser começar o diálogo,via entidades de classe, mas veja são RPs de entidades - elas indicaram para a Chapa 2- e não necessariamente um comprometimento entre colegas.
Cobrar de entidades é diferente. Somar é diferente.Diálogo ao invés de punição. Estamos pagando o preço da inovação.Eu já sabia que acusação receberia do Sistema que aí está.Mas ansiamos por crescimento e diálogo . A estratégia da Chapa 2 tem outra dimensão e outra direção.
Entidades participarão dos rumos que determinarmos, pois creio que assim nossa força política adquiri outra dimensão.
Se formos vencedores e espero que vejam a inovação da proposta, estaremos alavancando o Conselho Único que se dará com negociação em pról de RP e nunca contra.
Um Conselho Único liderado por RPs e integrado por jornalistas, publicitários, radialistas, editores, COMUNICADORES, seguramente terá outra representatividade.Aliás o Parlamento demonstrou que a categoria quer o Conselho Único.
Divulgação se faz com ação, atitudes e a paixão é cega. Tenho amor pela profissão.Para dialogar é preciso negociar com frieza, viver com a diversidade e tenho certeza que temos bons negociadores.Consultar hoje é mais fácil. O Sistema deve consultar sempre e não só em época de eleição Ele não cresce porque não tem representatividade e por consequência não tem dinheiro para agir. Eu fico triste e procurei outra estratégia.Nem se pode dizer que sou contra. Somos contra a estratégia e não contra pessoas.Repito: sou contra a estratégia que prevaleceu até agora e não contra pessoas. Vou até o fim nesta postura porque tenho certeza disto. Independente de resultados de leição.É preciso ouvir, dialogar sem pre-julgamentos, mas estar atento a interesse negociáveis.
Os interesses das categorias devem ser negociados e não têm como fugir de RP. Estaremos liderando, pela força da representatividade das entidades.Não sòzinhos.A solidão a nada nos levou.Mais de trainta anos de legislação e não crescemos. Nosso número de registrados adimplentes é lamentável.Tanto que abriram eleição para inadimplentes. Gente que não paga e terá direito a voto.
Tenho amor pela profissão, mas sou capaz de me retirar e analisar um cenário. Procuro ver mais longe e creio que o Exame de Qualificação proposto na Carta de Atibaia que vai assinada por Caixeta, Teobaldo, Roberto Porto Simões, Elisabeth P. Brandão e por todos nós que admiramos aquele documento tão lúcido só me faz pensar que souberam mudar, souberam ver ..O Exame de Qualificação é uma necessidade para os oriundos de outras habilitações com especialização na área.Os técnólogos aí já estão.Devemos mostrar que há profissionais de diferentes níveis, sob pena de continuarmos defendendo o cenário em que nos encontramos.Na Globo, Maríliai Pera, novela das 7- Cobras & Lagartos, declara: me contrate, sou mais barata e mais eficiente que um RP. Sai da cadeia e diz: sou uma RP.Vocês não percebem o que está por detrás disto?!.´É a resposta ao corporativismo exacerbado.Ocorre com frequência e bem demonstra como a estratégia deve mudar.
Nosso melhores cérebros previram que o país precisa sintonizar-se com o mundo. Reconhecer que os limites entre áreas é discutível na sociedade globalizada, seja do ponto de vista operacional ou conceitual e não há como fugir da visão ampla das Relações Públicas. O nosso momento é agora e abertura para o diálogo só nos fará crescer.
Envio-lhe esta mensagem exatamente porque sei que você foi o primeiro a modernizar. Inovou e criou o primeiro site aberto para discussão. Não pessoal.Não é badalação que faço, apenas procuro fazer justiça.
Rodrigo, sinta-se à vontade para divulgar, refutar, mas principalmente ajudar para que decidam com o sentido crítico que temos da nossa realidade.
O eleitor pode escolher entre dois caminhos bastante diferentes, mas não necessariamente divergentes. Não somos paulistas.No mundo global não vale mais onde se vive. É possível nos sintonizarmos com o mundo.O nosso site bem demonstra esta visão. Somos pessoas com visão global e auto crítica.Acreditamos que chegou a hora de pensarmos na profissão e não em pessoas. Líderes passam ,morrem ,a profissão continua.
Escolham.
Viva a democracia. Sou democrata e vou morrer democrata.Democracia exige participação.Estamos participando e oferecendo uma alternativa para a MUDANÇA.
Abraços
Sidinéia.
Representante da Chapa 2